Recuperação na BR-262 é um paliativo até a sua privatização
Apesar de necessária, a ampliação da malha férrea não é a única ponta solta a ser amarrada ao longo do trajeto por infraestrutura adequada no Estado. No conjunto de pacotes para eliminar gargalos logísticos, investimentos no setor aéreo, bem como em rodovias, também são esperados.
Demanda antiga, a concessão da BR 262, no Espírito Santo, junto à BR 381, em Minas Gerais, pode estar prestes a sair do papel. Em visita ao Espírito Santo em outubro de 2020, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, disse que o leilão depende somente da liberação do Tribunal de Contas da União (TCU). “Saindo o ‘ok’ do TCU, a gente lança o edital”.
E completou: Tarcísio de Freitas Ministro da Infraestrutura "O Estado vai ter ferrovia, vai ter rodovia, vai ter aeroporto, ou seja, a infraestrutura vai chegar aqui com força para impulsionar o crescimento do Espírito Santo, que está com contas ajustadas e com potencial enorme para o desenvolvimento"
As BR 381 e 262 são importantes conexões rodoviárias também para o Estado mineiro, interligando Belo Horizonte a polos produtivos, como o Vale do Aço, Leste de Minas e Zona da Mata.
686,1 kmE XTENSÃO DOS TRECHOS DA BR 262 E BR 381 QUE IRÃO A LEILÃO
O trecho a ser leiloado tem extensão de 686,10 km, compreendendo os trechos da 381, de Belo Horizonte a Governador Valadares; e do entroncamento dessa BR, em João Monlevade com a 262, e do cruzamento dessa última com a BR 101, em Viana, segundo o plano de outorga do Ministério da Infraestrutura.
O investimento total será na casa de R$ 7,7 bilhões em melhorias e outros R$ 6,9 bilhões em custos operacionais. Os números por rodovia e Estado ainda não foram informados.
Entre as principais obras, estão 590 km de duplicação, 138 km de faixas adicionais, 131 km de vias marginais, 50 passarelas e o contorno de Manhuaçu/MG.
Além disso, está prevista a implantação de serviço de apoio aos usuários, com sistema de pedágio e vigilância. Ao todo, serão 11 praças de pedágio distribuídas entre Minas Gerais e Espírito Santo. Em média, a cada 70 quilômetros, haverá uma unidade.
Além de encurtar o tempo de viagem, o que deve atrair mais cargas ao Estado, e permitir maior volume de escoamento de mercadorias para outros locais, as intervenções vão tornar pistas mais seguras, o que deve reduzir o número de acidentes, e aumentar, também, o fluxo de turistas.
Fonte: Gazeta
0 Comentários: